A sociedade se preocupa com a epidemia do crack, que tomou conta da vida das famílias e dos jovens. esta substância derivada da cocaína é altamente viciante e leva seus usuários a uma dependência rápida, com complicações físicas,degradação social e consequências graves no seu estado mental.
Devido ao seu baixo custo, o crack é uma droga que conseguiu arrastar jovens de todas as camadas sociais, inclusive as de menor poder aquisitivo. E estes jovens de menor com poder aquisitivo são transformados pelo poder dos traficantes em” laranjas” para o transporte de mercadorias em troca de suprir o própria dependência.
O crack, derivado da cocaína e misturado a outras substâncias perigosas para a saúde das mucosas da boca e das narinas, foi criado para aumentar a oferta de droga (em volume, e apesar de vendida mais barata que a cocaína aumenta em muito a lucratividade de quem a distribui, além de acelerar a dependência).
O crack gradualmente se infiltrou em primeiro lugar nas classes de menor poder aquisitivo, mas depois atingiu todas as camadas sociais e hoje é uma epidemia degradante social e moralmente. As pessoas que se tornam dependentes no crack rapidamente se deterioram como pessoas , independentemente do nível financeiro, social ou educacional a que pertença, pois perde por completo o controle de si mesmo e a capacidade de avaliação DO BEM e DO MAL e do certo e do errado, do moral e do imoral.
Vamos esclarecer algumas dúvidas sobre o uso do crack:
Todas as pessoas que experimentam o crack tornam-se dependentes?
Sim. Podem ter prejuízos diferentes uns dos outros, apresentar sintomas específicos, mas terão dependência em pouco tempo de uso. Este é o diferencial do crack, ele é altamente viciante, degradante físico, social e mental.
Como é feito o tratamento?
Sim. Quanto antes a família buscar ajuda e menos prejuízos o paciente tiver, maiores serão as chances de se manter abstinente. É necessário, na maioria dos casos, submeter à internação por tempo integral. A manutenção da abstinência depende da adesão do paciente e da família ao programa terapêutico da Nova Jornada.
Onde procurar ajuda?
A Comunidade Terapêutica Nova Jornada tem uma equipe multidisciplinar que está disponível para ajudar na avaliação diagnóstica e no tratamento da dependência química do crack. Quanto mais rápido procurar ajuda, menores são os problemas e maiores as chances de recuperação.
Quais as consequências do uso do crack?
O usuário de crack por perder totalmente o controle de sua vontade e de seus princípios morais e religiosos, se torna uma pessoa perigosa para ele mesmo e para a sociedade. Para adquirir a droga ele é capaz de envolver-se em ações criminosas como roubar ou assaltar, além de tornar-se agressivo e machucar pessoas.
É a droga mais associada ao suicídio, problemas psiquiátricos, emagrecimento rápido, doenças clínicas generalizadas, doenças sexualmente transmissíveis, isolamento e exclusão social, perda do emprego por incapacidade colaborativa e afastamento do convívio com a família.
Ao longo do tempo o usuário de crack passa a viver de modo primitivo, nas ruas, becos, esconderijos ou favelas. Sexo passa a ser uma atitude banal e muitas vezes moeda de troca de droga; religião deixa de existir, projetos para o futuro, sonhos e ambições próprias do ser humano são relegadas ao esquecimento.
O empobrecimento da capacidade cognitiva, como a perda da consciência, da autocrítica, do julgamento e da tomada de decisões é uma característica deste dependente químico, específico do crack. Outras drogas conduzem a estas situações também, entretanto, de forma mais lenta, e a recuperação é viável, porém em relação ao crack tudo fica difícil, mas não impossível.