DEPENDÊNCIA QUÍMICA DO LSD
(DIETILAMIDA DO ÁCIDO LISÉRGICO)
(DIETILAMIDA DO ÁCIDO LISÉRGICO)
Diversas são as substâncias capazes de alterar nossa percepção. Conhecidas como alucinógenos, elas são usadas desde a pré-história e ganham cada vez mais popularidade no mundo contemporâneo, principalmente entre os jovens e adolescentes. Dentre os alucinógenos disponíveis atualmente, podemos destacar o LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico), uma substância sintética semelhante às presentes em um fungo denominado Claviceps pupurea.
O uso normalmente é feito pela via oral, colocando-se uma pequena gota do líquido embaixo da língua. Alguns usuários preferem, no entanto, colocar a substância em um pequeno pedaço de papel e, posteriormente, colocá-la sob a língua. O LSD é uma droga bastante forte, por isso poucas quantidades são necessárias para que haja um grande efeito. Estima-se que se uma pessoa utilizar uma dose de 50 microgramas, o efeito pode durar até 12 horas.
O LSD provoca diversas sensações e alterações na capacidade de percepção. Dentre os principais efeitos, podemos citar uma ampliação na capacidade de perceber cores e alterações na recepção de sons. Pode ocorrer também a chamada sinestesia, em que informações sensoriais misturam-se, sendo possível, por exemplo, ouvir uma cor. Além disso, a droga causa alterações na percepção de tempo e espaço. Em razão dessas sensações, a droga passou a ser usada principalmente em locais como shows e festas, que se tornam mais “divertidas e diferentes”. É importante frisar, no entanto, que os efeitos variam de pessoa para pessoa e têm relação direta com as doses utilizadas e com o estado emocional do usuário.
Apesar de algumas sensações experimentadas serem agradáveis para alguns usuários, é comum a ocorrência das chamadas “bad trips”. Esse quadro provoca ansiedade, pânico, e delírios que podem geras graves consequências, uma vez que a pessoa perde a capacidade de diferenciar o que é real do que não é.
Algumas vezes o usuário, após utilizar por várias vezes o LSD, pode desenvolver “flashbacks” nos quais os sintomas psíquicos observados quando o usuário utilizou a droga se repetem mesmo sem fazer uso da substância. Pesquisadores acreditam que isso pode ser desencadeado por uso de álcool e maconha.
Além dos efeitos psicológicos do LSD, essa droga provoca algumas alterações nos aspectos físicos do corpo. Normalmente o usuário de LDS apresenta dilatação nas pupilas, um aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da temperatura do corpo, sudorese, boca seca, tremores, perda de apetite e insônia. Apesar de muitas pessoas fazerem uso da substância de maneira exagerada, não existem relatos de overdose em decorrência do LSD e nem de dependência química.
Dentre as principais complicações ocasionadas pelo uso da droga, destaca-se o desenvolvimento de quadros psicóticos, que podem ser rápidos ou prolongados. O que determinará a gravidade desse problema será a predisposição do usuário. Além disso, podem ocorrer depressão e um aumento dos sintomas de quadros psicológicos já estabelecidos.
O LSD já foi comercializado pela indústria farmacêutica como uma forma de ajudar no tratamento de ansiedade, alcoolismo e psicose. Entretanto, seu uso indiscriminado fez com que a droga fosse impedida de ser vendida. Atualmente a substância não é utilizada no tratamento de nenhuma doença, porém estudos estão sendo realizados para avaliar suas potencialidades.
O LSD é uma droga proibida, sendo assim, sua comercialização e distribuição são crimes.